sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Invisível

Uma vez acordei no seu sonho. E, no seu sonho, eu estava em seus braços e você me amava, me desejava e me queria como nunca quis ninguém. Você olhava pra mim e me admirava e se perdia em meus olhos e eu me perdia nos seus.

A gente conversava, ria, se divertia. A gente brincava, dançava... A gente era feliz.

No seu sonho a gente andava de mãos dadas pelas ruas. E tinha um sorriso no rosto, aquele sorriso orgulhoso que só os casais que se amam exibem por aí.

A gente ia a parques, cinemas, teatros. A gente passeava muito e adorava viver.

No seu sonho a gente ia à praia e você achava engraçado como eu me escondia do sol e fugia das ondas no mar. A gente ficava o dia inteiro ali e era como o paraíso.

E aí a tarde caía preguiçosa e a brisa soprava e as ondas faziam aquele barulho que soava como canção de ninar. E eu adormeci no seu sonho.

Acordei na realidade e aí eu era invisível pra você outra vez.