quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Eu Quero Um Marido Rico

Eu quero um marido rico...

Quero um marido que me dê uma vida confortável. Que me dê uma casa grande, com jardim, onde meus gatos e cachorros tenham espaço para brincar. Quero ter vários empregados e não precisar fazer nada.

Quero um marido que tenha carro. Que me leve pra passear. Que me leve ao teatro, ao cinema, a shows, aos melhores restaurantes. Quero ter um motorista para me levar às compras e aos programas em que eu não estiver acompanhada de meu marido.

Quero que ele me leve pra viajar. Que me leve para conhecer o mundo e me hospede nos melhores hotéis. Quero fazer cruzeiros, conhecer lugares exóticos, viajar de primeira classe.

Quero ganhar jóias de presente, roupas de grife. Quero flores caras e chocolates finos quando ele chegar do trabalho. Quero que ele banque mil tratamentos de beleza, cirurgias plásticas, academia e todas as futilidades que eu desejar.

Quero um marido que tenha grana para realizar todos os meus sonhos.

Ah, qual o problema de querer um pouco de conforto? Se é para sonhar...

Eu quero um marido rico!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Um Churrasco, Algumas Cervejas e A Revelação

Outro dia fui a um churrasco. Uma amiga quis comemorar uma realização pessoal e decidiu chamar pessoas queridas para celebrarem com ela. Fui convidada com um grupo de amigos.

Sabe, eu até gosto de churrasco... Mas aquele clima de pagode, funk, sol, calor... Bom, nunca foi exatamente "a minha praia". Mas já fui a alguns churrascos. Já ofereci um churrasco na minha casa. E, claro, não recusei o convite da minha amiga.

Estava animada quando saí de casa, mas meio receosa do que poderia encontrar. Afinal, se eu já sou meio quieta quando estou entre conhecidos, imagina num lugar onde não conheço nem a metade das pessoas?!

Cheguei lá meio tímida. Sentei com o meu grupo de amigos e comecei a conversar e a beber. Tiramos fotos, brincamos, mas eu estava sempre com o meu grupo. Estava segura, no meio de amigos.

Até que, lá pelas tantas, minha amiga resolve pedir pro DJ tocar Michael Jackson e me arrasta pra "pista de dança"! Só que, embora seja fã enlouquecida, eu simplesmente não consigo dançar nem parecido com ele. O máximo que faço é "arranhar" um moonwalk. Nem o nível de álcool no meu sangue foi suficiente para uma performance digna de fã. Fui sentar um pouco mais tímida do que antes.

Só que o tempo foi passando, minhas amigas foram ficando cada vez mais animadas (alcoolizadas) e estavam se divertindo demais! Dançando, brincando, tirando fotos, gravando vídeos... E eu, sentada, conversando e bebendo, fui ficando cada vez mais alcoolizada (bêbada).

De repente, no meio do maravilhoso set de funk que o DJ estava tocando (desculpem a ironia, mas eu odeio – ou odiava – funk), toca o que??? "Creu"!

É aí que, de forma totalmente inesperada, meu amigo tão tímido e quieto (e bêbado) quanto eu, que estava conversando comigo, agarra o meu o braço e, com um sorriso enorme e todo o entusiasmo do mundo, diz:

- Ai, Rê, vamos dançar "Creu"??

Em questão de segundos avaliei todas as possibilidades. Pensei, analisei, raciocinei. Mas não adiantou muito por causa do álcool. E então, adotando a melhor filosofia de todas, decidi: f***-se, vou dançar!

Levantamos e corremos pra pista, pra delírio geral.

Daí em diante, melhor nem comentar. Desci até o chão, rebolei, sambei. Fiz coisas que nunca me imaginei fazendo. Tipo assim, sempre foi uma coisa um tanto impossível de imaginar.. Eu? Dançando funk? E gostando?

E então, no meio de gargalhadas e cervejas, percebi que a diversão é muito mais importante do que preconceitos. Que não há nada como estar cercada de amigos e pessoas de alto astral, aproveitando cada segundo e se deixando levar pelo momento.

Pode ser dançando, cantando ou jogando algum jogo. Quebrar barreiras internas, livrar-se dos nossos medos, ligar o f***-se e ir se divertir, não tem preço.

Eu fui uma criança extremamente tímida e fui me libertando deste fantasma aos poucos. Faltam poucas correntes me prendendo, mas neste churrasco, com certeza, arrebentei várias.

Minha amiga quis comemorar uma realização pessoal e, no meio da festa dela, encontrei parte da minha.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Problema Das Roupas...

Meu armário está cheio de roupas. Tão cheio que, a cada vez que vou pegar ou guardar uma peça de roupa, faço um esforço enorme para não amassar as outras. Tão cheio que, mesmo com todo o cuidado do mundo, as roupas acabam amassando só por estarem ali. Enfim, eu tenho que assumir que tenho muitas roupas. Também tenho muitos sapatos. Mal tenho lugar para guardá-los e muitos pares ficam equilibrados sobre os outros na sapateira. Tenho muitos acessórios, muitos brincos, anéis e colares. Não deveria ter problemas para me arrumar e sair.

O problema é que, não importa quantas roupas, sapatos e brincos eu tenha, quando eu vou me arrumar, nenhum deles parece apropriado. As calças ficam apertadas, as blusas não combinam, a sandália faz bolha no pé... Não tenho o tipo de roupa que a ocasião pede. Não tenho o tipo de roupa que o clima pede. Não tenho o tipo de roupa que gostaria de ter. E por aí vai...

Parece mágica essa coisa que acontece no armário das mulheres... As roupas são lindas e perfeitas na loja. Você experimenta, se olha no espelho, e constata que o vestido caiu como uma luva. Paga o preço que for preciso para ter aquela peça-chave, que você imagina usar em mil ocasiões. Mas quando chega a hora H...

- Nossa, como eu não reparei que esse vestido me deixa barriguda???
- Meu Deus, olha a minha bunda! Esse vestido marca todas as minhas celulites!
- Não acredito que não tenho uma sandália que combine!!!
- Ah, esse vestido definitivamente pede um colar... Mas nenhum dos que eu tenho fica bom...
- Se a festa fosse na beira da praia, até servia. Agora, como eu vou assim para uma boate?

E por aí vai...

Enfim, as variações são muitas, mas a idéia básica é a mesma e se resume, geralmente, em duas opções: ou a roupa não veste tão bem quanto a gente pensou, ou ela simplesmente não combina, seja com os acessórios, seja com a ocasião, seja com o nosso humor.

E tem a questão do estilo também... A gente resolve que vai ter um look próprio, criar uma coisa mais personalizada. Digamos que a escolha seja por um estilo mais fino, mais elegante... Investimos todo nosso dinheiro no novo look e ficamos felizes e satisfeitas com aquele guarda-roupa lindo, de artista de novela. Aí chega a hora de levar o cachorro para passear, ou de comprar um pão na padaria, até mesmo de ir na casa de um parente que mora "ali do lado". Para nossa surpresa, não temos roupa! Temos pijamas, temos roupas de festa, temos roupa de trabalhar... mas esquecemos da roupa de passear com cachorro!

Moral da história, viramos consumistas. Afinal, se compramos aquela linda batinha de malha, toda estampada, precisamos de uma calça jeans clara, para combinar. Quando encontramos a calça jeans, percebemos que ela é mais comprida e tem a boca mais larga do que estamos acostumadas e iniciamos a caçada pela sandália com o salto adequado. Achamos uma linda sandália prata velha, mas os acessórios que temos em casa são dourados. Como a bata pede um cordão longo, temos que comprar um prateado, para não contrastar muito com a sandália que, por sinal, é uma plataforma de cortiça e, portanto, pede uma bolsa clara. Então, depois de rodar o shopping inteiro e gastar tudo o que podíamos e não podíamos, vamos para casa com a ilusão de ter a roupa perfeita para o evento que estávamos planejando. Até que chega o dia e a história de alguns parágrafos acima se repete. A calça fica apertada, o decote da blusa fica esquisito, a bolsa é muito pequena ou muito grande. Ou então o tempo esquenta tanto que não conseguimos imaginar sair de casa de calça jeans.

Sim, acho que existe uma coisa mágica no nosso guarda-roupa... Uma energia capaz de transformar todas as peças perfeitas em coisas horrorosas e impossíveis de vestir. Um monstrinho que muda tudo e faz com que nada combine. Só pode ser...

Ou é só comigo???