domingo, 31 de maio de 2009

O Problema do Twitter

Sempre senti que tinha muito a dizer e poucas oportunidades de falar. Este foi um dos motivos que me levaram a criar um blog, um espaço para contar as minhas histórias e expor minhas reflexões.

Mas, um dia, me dei conta de que o blog não era suficiente. Às vezes, eu só tinha vontade de dizer uma frase. Às vezes, eu queria ser super informal ou até mal educada mesmo. Às vezes eu não queria escrever um texto legal, com uma lição de vida ou um pensamento bonito. Queria apenas escrever uma besteira qualquer que estivesse passando pela minha cabeça no momento.

Foi aí que descobri o Twitter. Perfeito para textos curtos, de uma ou duas frases. E resolvi criar um espaço informal, para escrever qualquer coisa. E, no começo, foi muito divertido. Não dava vontade de parar de escrever todos os pensamentos que me ocorriam. Tive que me controlar.

Mas aí o Twitter tem aquela história de “seguir” e eu só tenho duas pessoas me seguindo, que são parte da família e isso não tem tanta graça. Queria mais amigos me seguindo e me deparei com uma oportunidade. Como boa fã do Michael Jackson que sou, freqüento um fórum de discussão internacional sobre ele. E ali alguém criou um tópico para que trocássemos contatos, inclusive Twitter. Me empolguei.

Saí procurando a galera e adicionando todo mundo. Estou seguindo umas dez pessoas agora. Já estava ficando super feliz quando me deparei com um pequeno problema: eles falam inglês!

Primeiro, resolvi postar apenas algumas coisas em inglês. Depois, tive a ideia de fazer postagens duplas, sendo uma em português e outra em inglês. E então me dei conta de que isso seria bem chato, até porque a segunda postagem, traduzida, não seria tão honesta quanto a primeira. Enquanto refletia sobre a questão, cheguei a considerar cancelar minha conta no Twitter.

Hoje cedo eu resolvi que ia postar em inglês só quando me desse vontade. Mas agora à noite, olhando para o meu perfil, tomei a decisão final: apaguei os antigos posts em inglês e, de agora em diante, só posto em inglês se for pra falar especificamente com alguém. Fora isso, é português! Fica decidido assim. Pelo menos, até eu mudar de ideia outra vez...

E, enquanto isso, vou testando trezentas combinações de cores para criar a identidade visual do meu Twitter. Já estou na quarta versão e algo me diz que a coisa ainda não acabou. Não é à toa que, assim como este blog, o endereço dele é euachoquejasei...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

(Re)Conhecendo Velhos Amigos

Não sei bem como tudo começou... Lembro de um dia, em que uma amiga minha do colégio, com quem mantenho contato bem próximo até hoje, me ligou. Ela me disse que uma outra amiga do colégio estava marcando de ir num barzinho, onde aconteceria a “Segunda-Feira Esotérica” ou algo assim... Uma promoção onde, quem consumisse uma caipirinha, ganhava direito a uma consulta de tarô, numerologia ou búzios.

Esta outra amiga, com quem também mantenho contato até hoje, estava convidando dois amigos do colégio, com quem eu havia perdido contato há muito tempo. Um deles havia sido um amigo muito próximo, mas a vida acabou nos separando e nunca mais nos falamos.

Achei a ideia toda muito divertida e resolvi ir. Conversamos muito, bebemos, rimos, nos divertimos. Algumas das meninas se consultaram com os “especialistas esotéricos”. Eu preferi não arriscar. Mas, enfim, foi uma noite e tanto! Em plena segunda-feira!

O tempo passou e recebi um e-mail dessa galera, querendo marcar um encontro de ex-alunos do colégio, reunir todo mundo, relembrar os velhos tempos. A coisa começou meio tímida, muita gente mal se conhecia e outros nem lembravam dos antigos colegas. Mas o encontro foi marcado e lá fui eu...

Marcamos num barzinho e eu cheguei lá toda tímida, achando que ninguém ia lembrar de mim. Pois é, nos tempos do colégio eu era praticamente uma planta, não falava com quase ninguém, não saía com a galera, ficava mais com a minha panelinha e olhe lá. E, além disso, o encontro foi marcado com um povo que estudou junto desde o CA e eu só entrei no colégio na antiga 5° série. Ou seja, tinha gente ali que eu realmente não conhecia.

Mas, apesar de terem ido apenas sete pessoas, a noite foi maravilhosa. Bebemos muito, conversamos, lembramos de vários casos dos tempos do colégio, matamos a saudade... E aí deu aquela vontade de repetir. Nos despedimos prometendo fazer desses encontros uma tradição e decidimos marcar o próximo para duas semanas depois.

Mais e-mails convidando o povo, debates para encontrar o melhor lugar, e o segundo encontro foi confirmado. E dessa vez foram doze pessoas! E foi mais divertido ainda... Mais lembranças, mais fotos, mais conversa, mais pessoas para lembrar e conhecer.

Na despedida, mais promessas de outros encontros e até um churrasco começou a ser cogitado. Acho que a moda pegou mesmo...

É engraçado como a gente pode, às vezes, se sentir tão à vontade no meio de pessoas que mal conhecemos... Como é gostoso reconhecer pessoas, dar uma segunda chance àquelas amizades que não aconteceram sabe-se lá por quê. E, claro, conhecer pessoas novas...

Que esses encontros aconteçam aos montes e cresçam cada vez mais... Que antigas amizades possam ser retomadas e novas amizades possam surgir. Afinal, nada melhor do que colecionar amigos.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Será Que Ele É?

Uma vez, há algum tempo atrás, saí com umas amigas. Fomos numa festa, num casarão em Botafogo, para comemorar o aniversário de uma delas.

Eu tinha ficado solteira recentemente e fazia muito tempo que não saía. Estava muito empolgada e com aquela vontade de aproveitar a vida de quem ficou “presa” por alguns anos.

O lugar não fazia muito o meu estilo, as pessoas eram um tanto “alternativas” pro meu gosto e eu não estava me divertindo tanto quanto imaginei. Até que, olhando ao redor, bato os olhos num sujeito não menos que lindo. Alto, louro, corpo perfeito, um sorriso de derreter qualquer um...

Durante toda a noite fiquei de olho no cara. Ele parecia ser uma simpatia de pessoa, parecia conhecer bem o lugar, como se trabalhasse ali ou freqüentasse muito. Mas a minha amiga que conhecia aquele lugar, a aniversariante, estava afastada, entretida com os outros convidados, e acabei não conseguindo perguntar sobre ele.

A noite passou, dancei, conversei, comi, bebi, me diverti. E não tirei os olhos do tal cara... Mas absolutamente nada aconteceu. Ele ficou lá, cercado de mulheres, dançando, conversando, rindo.

Eu nunca fui de ficar encarando ninguém... Não levo jeito pra isso e, sinceramente, não me agrada a ideia de ficar com alguém desconhecido. Mas naquele dia estava me sentindo à vontade para olhar... Olhar não tira pedaço, né?

Fim de festa, ligamos para pedir um taxi e ficamos sentadas num banco esperando. A aniversariante finalmente apareceu e sentou pra conversar com a gente. Tive a chance de perguntar se ela conhecia o tal cara e descobri que sim, ela conhecia mais ou menos, já o tinha visto ali algumas vezes.

- Ele é lindo! – eu disse.

- Quem? O fulano? – ela perguntou.

- É, ele é lindo demais... Você podia me apresentar a ele...

- Ah, ele é gay...

domingo, 24 de maio de 2009

Minha Vida É Uma Comédia

As coisas sempre aconteceram na minha vida da maneira mais estranha que poderiam acontecer. Não necessariamente de uma maneira ruim, não que eu não tenha atingido vários objetivos, não que eu não tenha tido sucesso. Apenas vivi situações e experiências estranhas e, porque não dizer, cômicas, para conseguir minhas conquistas.

Em 2007 fiz concurso para o Banco do Brasil. Emprego é uma coisa difícil de se conseguir e estabilidade, então, nem se fala! Estava focada em concursos, fiz vários, passei em alguns, me classifiquei em poucos, até que consegui uma colocação relativamente boa no Banco do Brasil. Pela primeira vez estava no páreo. Sabia que seria convocada.

Boatos de programas de demissão voluntária e aposentadoria corriam por aí e o papo no cursinho era que, quem fosse aprovado, seria convocado rapidamente. Aprovada entre os cem primeiros, imaginei que dentro de seis meses estaria trabalhando.

E aí o tempo passou. As convocações até que começaram bem, mas foram esfriando e chegaram ao ponto de somarem duas por mês. Eu não podia ficar de braços cruzados esperando, e resolvi seguir com a minha vida.

Então, dois anos depois do concurso, surge a oportunidade de realizar um dos meus maiores sonhos: ir a um show do Michael Jackson. Detalhe: em Londres.

Desempregada e sem previsão de ser chamada no banco, decidir agarrar essa oportunidade com toda força. Comprei ingresso, planejei a viagem, me joguei de cabeça.

Eis que, tudo certo com a viagem, adivinhem?! Sim, o banco me convoca! Assim, sem mais nem menos... de surpresa... quando eu não esperava. Dia 18 de maio de 2009 fui convocada. Minha vida é uma comédia.

Graças a Deus comédias não são trágicas e os seus finais são geralmente felizes.

Como sempre aconteceu nas outras vezes, uma solução apareceu. Aliás, duas soluções: posso tentar adiar minha posse para depois da viagem ou posso tirar uma semana de folga, pois tenho direito a cinco faltas no ano, caso já esteja trabalhando. Enfim, se Deus quiser, tudo vai dar certo.

Mas certamente outras situações acontecerão... Afinal, comédia boa não acaba nunca.