segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Surpresas da Night

Existem vários tipos de amigos, que combinam com vários tipos de programas. Existem vários tipos de lugares para se ir à noite, que combinam com vários tipos de humores. E existem aquelas histórias onde tudo parecia que ia dar errado mas, sabe-se lá por que, mesmo com todo o universo conspirando contra, algo acontece e tudo acaba sendo perfeito.

Esta história aconteceu num sábado, não faz muito tempo. Eu tinha combinado de sair com umas amigas, mas acabei desanimando um pouco durante o dia, assim como elas. Conversa vai, conversa vem, concluímos que não podíamos deixar o monstro do desânimo nos derrotar e decidimos manter nossos planos.

As amigas em questão não são do tipo que compartilham do meu ponto de vista sobre uma night perfeita. Pelo menos, vinha sendo assim ultimamente. Eu gosto de me acabar de dançar, sem vergonha de ser feliz, interagir, rir, fazer pose... Sou palhaça e não tenho medo do ridículo. Aliás, às vezes, quanto mais ridículo melhor, porque fica muito mais divertido dançar se você estiver rindo. E elas são mais sérias, digamos assim.

Quando estávamos combinando para onde ir, deixei claro que queria um barzinho. Um lugar pra sentar, beber e conversar. Afinal, eu estava desanimada, cansada e não queria gastar muito dinheiro... Elas concordaram, mas acabamos indo para um lugar que não conhecíamos.

Quando chegamos, a primeira notícia ruim: o lugar até era um bar, mas tinha pista de dança no segundo andar e, portanto, era preciso pagar consumação mínima. Quando entramos, como se não bastasse o preço absurdo que esses lugares cobram, o bar estava lotado. Podia ser pior???

Este é o tipo da pergunta que não se faz, porque a resposta é sempre "sim". Se no primeiro andar não tinha lugar para a gente, subimos para o segundo, para ver como estava.

A pista estava meio vazia, não tinha ninguém dançando e a música era bem ruim, pelo menos pro nosso gosto. Também não dava para sentar e conversar, porque todos os espaços destinados a esta atividade estavam ocupados. Ficamos ali paradas por um tempo, olhando uma para a cara da outra, pensando no que fazer. Foi então que tive uma idéia e tudo mudou.

Peguei uma cerveja, comecei a dançar e falei para minhas amigas, em tom de brincadeira: "Dancem como se a música fosse boa! Dancem como se a pista estivesse cheia! Já que estamos aqui, vamos aproveitar. Afinal, a gente pagou, né?"

Para minha surpresa, elas entraram no clima. Aos poucos, fomos começando a dançar que nem loucas, fazendo coreografias e brincando com um espelho na parede atrás de nós. A música começou a ficar boa, descobrimos que o DJ era gatinho (valia a pena pelo menos pra olhar), e nos divertimos muito.

Esquecemos do tempo, esquecemos que tinha mais gente ali, largamos as bolsas no chão, tiramos fotos, rimos e pagamos mico.

E assim aconteceu uma das nights em que mais me diverti. Sem companhia "adequada", num lugar que eu não queria ir, sem minhas músicas prediletas, sem gente bonita por todos os lados... Mas com espontaneidade, alegria e vontade de se divertir.

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