quarta-feira, 27 de maio de 2009

Será Que Ele É?

Uma vez, há algum tempo atrás, saí com umas amigas. Fomos numa festa, num casarão em Botafogo, para comemorar o aniversário de uma delas.

Eu tinha ficado solteira recentemente e fazia muito tempo que não saía. Estava muito empolgada e com aquela vontade de aproveitar a vida de quem ficou “presa” por alguns anos.

O lugar não fazia muito o meu estilo, as pessoas eram um tanto “alternativas” pro meu gosto e eu não estava me divertindo tanto quanto imaginei. Até que, olhando ao redor, bato os olhos num sujeito não menos que lindo. Alto, louro, corpo perfeito, um sorriso de derreter qualquer um...

Durante toda a noite fiquei de olho no cara. Ele parecia ser uma simpatia de pessoa, parecia conhecer bem o lugar, como se trabalhasse ali ou freqüentasse muito. Mas a minha amiga que conhecia aquele lugar, a aniversariante, estava afastada, entretida com os outros convidados, e acabei não conseguindo perguntar sobre ele.

A noite passou, dancei, conversei, comi, bebi, me diverti. E não tirei os olhos do tal cara... Mas absolutamente nada aconteceu. Ele ficou lá, cercado de mulheres, dançando, conversando, rindo.

Eu nunca fui de ficar encarando ninguém... Não levo jeito pra isso e, sinceramente, não me agrada a ideia de ficar com alguém desconhecido. Mas naquele dia estava me sentindo à vontade para olhar... Olhar não tira pedaço, né?

Fim de festa, ligamos para pedir um taxi e ficamos sentadas num banco esperando. A aniversariante finalmente apareceu e sentou pra conversar com a gente. Tive a chance de perguntar se ela conhecia o tal cara e descobri que sim, ela conhecia mais ou menos, já o tinha visto ali algumas vezes.

- Ele é lindo! – eu disse.

- Quem? O fulano? – ela perguntou.

- É, ele é lindo demais... Você podia me apresentar a ele...

- Ah, ele é gay...

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