quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Delírios de Fã 1 ou Como Gostaria de Ter Conhecido o Michael Jackson

Era uma quarta-feira à tarde e resolvi ir até o shopping Rio Sul. Estava tudo meio deserto, nada interessante, até que vi um trio que me chamou atenção...

Um "hippie" alto e magro, de boné, óculos escuros, barba longa, trajando uma espécie de bata de mangas compridas, calça larga e tênis. Uma mulher negra, muito bonita, usando camiseta e saia longa. E um sujeito alto e forte, de terno. Os três circulavam juntos pelo shopping. Pararam em frente à loja Brink Center.

Fiquei olhando de longe por algum tempo, disfarçando... Aquelas pessoas não me eram estranhas, apesar de serem "bem estranhas"! Hehehe! Quando entraram na loja, entrei também.

Fingi estar escolhendo uns brinquedos enquanto olhava aquele "hippie" que calmamente andava pela loja. Ele andava devagar, fazia movimentos lentos, olhando tudo. Volta e meia, apontava para um brinquedo e comentava com os outros, sempre em voz baixa. Depois de observar por um longo tempo, vi que aquela barba era esquisita... tinha alguma coisa ali!

De repente, distraída, dei um passo para trás e esbarrei em alguém. Quando me virei para ver, o "hippie" esquisito virava-se também em minha direção. Aparentemente, demos um passo para trás no mesmo momento e nos chocamos.

Olhei no rosto dele pela primeira vez e... aquele narizinho que aparecia bem no meio do rosto, entre os óculos enormes e aquela barba desgranhada, era inconfundível! E eis que uma voz suave e baixinha, igualmente inconfundível, no auge da minha surpresa, diz:

- Oh, I'm so sorry! Are you ok? (Oh, desculpe! Você está bem?)

Alguns minutos depois – é claro que eu fiquei sem ação, né – perguntei, ainda incrédula:

- Michael????

Num gesto, ele me pediu para falar baixo e sorriu. Sorri também. Alias, eu ri! Ri sim, porque estava muito feliz. Quando me recompus, conversamos um pouco, enquanto ele escolhia alguns brinquedos. Mas ele sempre me pedia para falar baixo, para não chamar atenção.

Quando saímos dali, ele me perguntou se queria seguir para o hotel com ele, para termos mais privacidade. Disse que queria muito me conhecer melhor, que estava impressionado por eu tê-lo reconhecido, mesmo com aquele disfarce e mesmo sem saber que ele estava no Rio.

Achei tudo muito estranho, fiquei meio preocupada com as "reais intenções" dele, mas era o Michael Jackson, né? Como eu ia dizer não???

Nos dirigimos para a garagem, entramos no carro e seguimos para o hotel. Protegido pelos vidros escuros do automóvel, Michael se mostrou bem mais à vontade e conversamos bastante, rimos, brincamos.

Chegando na suíte, Michael me ofereceu uma bebida e pediu que eu aguardasse um pouco no sofá. Cerca de cinco minutos depois, ele voltou, sem barba, sem bata, sem óculos. Sem disfarce. E acho que foi quando me dei conta de que era realmente o Michael Jackson, aquele cara que eu sonhava em conhecer desde os meus quatro anos de idade...

Ele pegou uma bebida também, se sentou ao meu lado, e continuamos a nossa conversa. Perguntou várias coisas sobre a minha vida, me contou várias coisas sobre a vida dele, me mostrou fotos dos filhos, quis tirar fotos comigo e foi um perfeito cavalheiro durante o todo que passamos juntos. Parecíamos amigos de infância!

Jantamos juntos e a noite já caía quando fiz um esforço enorme para dizer que precisava ir para casa. Se dependesse de mim, não ia embora nunca mais, mas também não queria abusar da hospitalidade do sujeito. Então, ele disse que gostaria de falar comigo outras vezes e pediu meu telefone. E, como o perfeito cavalheiro que havia demonstrado ser, fez questão de me levar em casa, em vez de mandar apenas o motorista.

Mais conversa, risadas e muita bagunça no carro, e chegamos à porta da minha casa. Um abraço apertado, uma promessa de reencontro e então, surgiu aquele clima de "não sei o que faço agora". De repente, Michael me beijou. Um beijo suave, leve, seguido por um pedido de desculpas.

- I'm sorry. I shouldn't have... (Desculpe. Eu não devia…)

Interrompi sorrindo e respondi:

- That's ok… (Tudo bem...)

Mais um abraço apertado e eu saí do carro, entrei no prédio com um sorriso enorme nos lábios e voltei para a minha realidade.

Michael precisou voltar aos Estados Unidos no dia seguinte. Ainda não me ligou...

Um comentário:

  1. uahauhaah Sensacional....deu mole, tinha q ter convidado ele pra entrar, sua mal educada! Pra "conhecer os gatos" e "trocar figurinha" ne? heheheh

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